CINZEIROS
CINZEIROS
O mundo esta de mascara...
Os rostos agora se escondem n'uma
cortina de pano.
Sem sorriso a felicidade se deprime
... Em seu quarto de isolamento
e a solidão, tremula no ar.
Hoje os sonhos se camuflam sob
a incerteza. A vida amanhã
é uma questão de sorte, todos
estão condenados ao futuro e ao
fado, que as vezes os passos d'essa
passada, se acaba amanhã.
Estão soltos sob o salão iluminado
pelo candeeiro. Haja gás, haja rima
para essa ventania.
Estão caminhando sob uma trilha
de sol... Cabeças sem toldo, não
existe descrição para sabedoria,
muito menos risos para o gargalhar
do bobo. A careta tomou conta das
contas, aonde não se vê, não existe
faz de conta. O tomate acabou,
cadê o nariz do palhaço?
Não tem tabuleiro nem jogo o que
resta na resta é estupidez d'alguma
aresta, lugares estão vazios as mesas
agora estão sem cartas.
Os carteados estão sem mãos, e os
momentos estão pegando fogo.
Sem manobra, não existe partida,
muito menos... Mapa, para jogo.
Antonio Montes