CINZEIROS

CINZEIROS

O mundo esta de mascara...

Os rostos agora se escondem n'uma

cortina de pano.

Sem sorriso a felicidade se deprime

... Em seu quarto de isolamento

e a solidão, tremula no ar.

Hoje os sonhos se camuflam sob

a incerteza. A vida amanhã

é uma questão de sorte, todos

estão condenados ao futuro e ao

fado, que as vezes os passos d'essa

passada, se acaba amanhã.

Estão soltos sob o salão iluminado

pelo candeeiro. Haja gás, haja rima

para essa ventania.

Estão caminhando sob uma trilha

de sol... Cabeças sem toldo, não

existe descrição para sabedoria,

muito menos risos para o gargalhar

do bobo. A careta tomou conta das

contas, aonde não se vê, não existe

faz de conta. O tomate acabou,

cadê o nariz do palhaço?

Não tem tabuleiro nem jogo o que

resta na resta é estupidez d'alguma

aresta, lugares estão vazios as mesas

agora estão sem cartas.

Os carteados estão sem mãos, e os

momentos estão pegando fogo.

Sem manobra, não existe partida,

muito menos... Mapa, para jogo.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 07/05/2020
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