Poema do COVID
Poema do COVID
Tempos modernos, praga moderna, medo eterno
Do morcego que o chinoca enguliu
Em Wushan, sorrindo, o virus surgiu
Na feira de peixe o chinoca peidou
E o capetinha, esperto, escapoliu
De país em país no Brasil ele chegou
Que festa barulhenta é aquela?
Bunda grande pele escura venta aberta
Era o carnaval do Rio
Muito bonito, daqui não saio mais, ele pensou
Grandes amigos nesta terra farei
O governador do assai, O dória, o bonner e os sarnei
Vamos fazer a festa, o governador do assai gritou
Comprar respirador com carta convite
E bamburrar pra valer com o amigo Covid
E hoje estamos nós, todos de fucinheira
Separados na fila e amontoados na feira
Vendo essa globo sem eira nem beira
Felizes por não morarmos em Manaus
Bebendo cerveja com os seiscentos paus.
Marcos César Fernandes
Noite de insônia de 5/05/2020.