MINHA NEVOA
MINHA NEVOA
Quando a neblina do medo
me transforma em alvo...
Eu saio escondendo o arco
e as flechas direcionadas ao
meu peito. Uma vez escondidas!
... Eu me recolho sob o labirinto
do meu silencio. Ai então eu
me atiro sobre os braços da
solidão e vou navegando assim
nas asas da minha ilusão. Ali,
sob o tremular dos sentimentos
Eu fico inerte aos sonhos...
deixando a minha alma absorver
ao néctar da verdade.
Ai então eu ouço os tics tacs do
meu coração trazendo-me, você
sob a densa nevoa, da minha
saudade.
Antonio Montes