paixão cigana

Paixão cigana

Eta paixão.

Um conto de liberdade.

Dentro da prisão.

É cigano é cigana.

Essa paixão insana.

Viaja de sul a norte.

Suspira vida e trafega na morte.

Vai de céu a inferno.

Seu devaneio é no verão.

Com fome daquele pão.

Que mora na primavera e inverno.

É nos pleitos dos carnavais.

A política desde ancestrais.

Nas curvas mais belas.

Daquelas donzelas.

As belezas mais naturais.

Sou eu um caboclo sem moradia.

Vivo a constante nostalgia.

Enfrentando temporais.

Na cama que adormeço.

É apenas um pretexto.

Mas não esqueço jamais.

Meu pensamento vagueia.

Meu sentimento titubeia.

Meu coração bobeia.

O índio que mora em mim.

Pertence a tal aldeia.

Uma cadeia sem fim.

A paixão que incendeia.

Deixa me sem rumo.

Um cigano perdido.

Apaixonado atrevido.

Pela liberdade.

Mas não a encontrei.

Vagando continuo.

Cigano vagabundo.

Em terras que não andei.

O coração da bela dama.

Poesia de quem ama.

Eta paixão cigana.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 27/04/2020
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