Pandemia
Ninguém no mundo previa
Ao planejar dois mil e vinte
A invasão de uma pandemia
Mutando a agenda do dia seguinte.
Um ser de nome corona
Fez da tranquilidade uma zona
Viajando por todo o mundo
Confundindo o superficial e o profundo.
E a pandemia, quem diria,
Desacelerou a rotina
Pra evitar uma carnificina
De Homo sapiens à luz do dia.
O planeta em quarentena
Mostra aos sãos quão pequena
É a certeza do amanhã
E grande, a consciência cidadã.
De um lado, o sabão, o álcool gel,
O isolamento, o lar.
De outro lado, o caixão, o céu,
O arrependimento, o chorar.
Do oriente, na China, ao ocidente, aqui em Presidente Imprudente
Há um mundo doente
Que espera o fim de sua dor
Na vacina e no respirador.
Resta apenas a esperança, a ciência, a fé, a oração.
Dissemine confiança.
Viralize paciência.
Fique de pé.
Equilibre razão e emoção.
Vai passar.
Logo será permitido abraçar.
Mas, por enquanto, fique em casa. Segure sua asa.
Em breve o homem será um mamífero livre para socializar e, creia, voar.