Pandemia

Ninguém no mundo previa

Ao planejar dois mil e vinte

A invasão de uma pandemia

Mutando a agenda do dia seguinte.

Um ser de nome corona

Fez da tranquilidade uma zona

Viajando por todo o mundo

Confundindo o superficial e o profundo.

E a pandemia, quem diria,

Desacelerou a rotina

Pra evitar uma carnificina

De Homo sapiens à luz do dia.

O planeta em quarentena

Mostra aos sãos quão pequena

É a certeza do amanhã

E grande, a consciência cidadã.

De um lado, o sabão, o álcool gel,

O isolamento, o lar.

De outro lado, o caixão, o céu,

O arrependimento, o chorar.

Do oriente, na China, ao ocidente, aqui em Presidente Imprudente

Há um mundo doente

Que espera o fim de sua dor

Na vacina e no respirador.

Resta apenas a esperança, a ciência, a fé, a oração.

Dissemine confiança.

Viralize paciência.

Fique de pé.

Equilibre razão e emoção.

Vai passar.

Logo será permitido abraçar.

Mas, por enquanto, fique em casa. Segure sua asa.

Em breve o homem será um mamífero livre para socializar e, creia, voar.

Maria Angélica Muniz
Enviado por Maria Angélica Muniz em 11/04/2020
Reeditado em 13/04/2021
Código do texto: T6914091
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