Coronavírus: Letras e Telas
Neste mundo de armas, tiros,
De guerra, lamento e dor,
Vê-se um filme de terror
Sem fantasmas nem vampiros.
O novo coronavírus
Nivela rico e plebeu
Vem trazendo um véu de breu
Que a todo o planeta veste
Parecendo o livro “A Peste”,
Que Albert Camus escreveu.
O contexto geopolítico
Padecendo descalabro
Tá bordado em tom macabro,
Assombroso, apocalíptico.
No planeta, estado crítico.
O mundo todo parou.
Até o céu desbotou
E nos botou à própria sorte
Feito “O Triunfo da Morte”
Que Pieter Bruegel pintou.
Eu peço ao Onipotente
Que tenha dó das fraquezas
E este tempo de incertezas
Não usurpe a fé da gente.
Possamos seguir em frente
Achar um porto seguro
E com tinta de amor puro
Novos quadros pintaremos
Novas páginas escreveremos
Pra ser lido no futuro.
Jénerson Alves