MANHÃ DE ABRIL
Levo meus passos rápido pelas ruas quietas,
a brisa mansa tem cheiro limpo de mato;
o sol se derrama entre nesgas do arvoredo;ha um doce frescor nas sombras do caminho.
No enlevo dese silêncio sinto-me banhada pela paz: nenhum trânsito, passantes raros; os "bons dias" apenas murmurados através da mãscara ou expressados por gesto rápido.
Aprecio a quietude e vou exercitando meus melhores pensamentos.
Observo menos descartes; copos, garrafas, embalagens, plásticos...Pena que isso se deva apenas ao obrigatório afastamento social. Pouco cães pela ruas; quase nenhum cocô nas vias públicas. Deo gracias!!!
E, repentinamente uma rosa: rubra, ainda fresca, parece recém colhida. Pergunto-me, quem a terá levado até ali para desprezá-la na poeira da calçada? A trouxeram de longe aonde existem jardins floridos...Considero-a uma benção para meus olhos ávidos das belezas do mundo.
Abril. 09, 2020