PADEÇO NO TERÇO

PADEÇO NO TERÇO

Cobrando eu cobro e dobro...

O juro no endereço.

Sem pressa eu apareço, de

supetão com meu preço.

Eu sou da rua...

E na noite de lua...

Eu vejo a minha saudade voado

nua. Eu sinto apreço pelo berço,

mas sem adereço, eu não mereço

orar rezar... Quem sabe se, com

um terço ou um preço ao encanto

desconhecido eu venha amenizar

o querer e conseguir esquecer...

Todo tempo que padeço nesse

oceano intuitivo.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 22/03/2020
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