PADEÇO NO TERÇO
PADEÇO NO TERÇO
Cobrando eu cobro e dobro...
O juro no endereço.
Sem pressa eu apareço, de
supetão com meu preço.
Eu sou da rua...
E na noite de lua...
Eu vejo a minha saudade voado
nua. Eu sinto apreço pelo berço,
mas sem adereço, eu não mereço
orar rezar... Quem sabe se, com
um terço ou um preço ao encanto
desconhecido eu venha amenizar
o querer e conseguir esquecer...
Todo tempo que padeço nesse
oceano intuitivo.
Antonio Montes