COTIDIANO
PEIXE FORA DA ÁGUA
Nestes tempos de esquerda, e de direita
Qualquer, que sejam os lados sinto-me
Um peixe fora da água... Extemporâneo!
Tantas são as experiências vividas, que,
Nos dias de hoje não são sentidas...
Não são percebidas, porque embutidas,
Estão nos modismos e inconsequências!
Estilos modernos, e vazios de valores!
Educação deteriorada... Honra depauperada!
Civismo ausente e pátria esquecida...
Sou peixe fora d’água... Fósforo queimado...
Minha realidade não é a de hoje!
Meus valores são extemporâneos...
Minha experiência mostra-me, hoje,
Tudo fora de centro no ego centro
Das pessoas!... O respeito, o amor,
A honra, honestidade, boa educação,
Sentimentos de civismo à pátria...
São valores a muito abandonados!
Enfim, não sou de hoje... No meu ontem
Estão escondidos meus verdadeiros valores
Como vetores da minha personalidade
De cuja humanidade leva-me a amar Deus
E o meu próximo, como a mim mesmo!
Remo contra a corrente num mar revolto
Labuto contra as infâmias do dia a dia
Na sinergia com a ignorância são os dias...
De violência, corrupção, falta de ética...
Não vejo nenhuma estética no bem viver...
Travestido de cidadão que não aceita ver
Seus erros e responsabilidades sociais...
“Façam o que eu mando, mas, não o que eu faço”!
Vou continuar nadando como um peixe fora d’água!
Jose Alfredo