ARREBATA

ARREBATA

Poesia é uma moça, casamenteira...

Que com casa ou, sem casa.

Ela casa.

Ela casa de branco de verde

amarelo azul...

Pelo norte, pelo sul

Ela casa... Ela, descasa.

E logo, descasca a casca.

Cheia de sérios e besteiras

A casca, taxa

e esculacha

E se perde pela mata.

Se perde pela rua, pela lata

Perde pelas praças e arrebata.

Depois se acha por ai,

pelos abraços e jardins

pelas flores e colibris.

Pelas estradas e caminhos

pelos vim e pelos ir.

Se perde por ai...

Entre uma lagrima e um sorrir,

pelos caminhos soltos e enredos

pelas noites manhãs tardes cedo,

pelo meio da vida,

pelos miados dos segredos.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 15/03/2020
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