AMBÍVIO
AMBÍVIO
Até que em fim
o poeta foi dormir...
O poema ficou rondando por ai,
navegando com as palavras...
Sem saber, aonde cair.
P'ra cima... P'ra baixo!
P'ra baixo... P'ra cima!
Lá vai a poesia...
Sem verso sem rima.
... O poeta dorme.
E enquanto dorme...
Sonha com a palavra e com o
poema fluindo de tudo
e surgindo do nada.
Uma hora o poeta acorda e acordado,
logo descobre com emoção,
que as estrofes do seu poema
mora na casa do seu coração.
Antonio Montes