Resguardados de uma noite sem encontros
Bem, sempre que te vejo desacredito no amor
O rubor que me causa nas bochechas e as outras sensações
Faz-me com que eu esqueça essa ideia romantizada de amor.
Quando nossos olhos se encontram sinto me antiquada
Ao trazer essa minha personalidade ferina guardada
Maltratada por baixo dessas vestes de moça comportada.
Sempre que me recordo do sabor fantasioso dos seus beijos
Meus desejos explodem, ardem, sinto minha pele esbrasear
E me considero ridícula ao romantizar a ideia de amar.
Se tivesse a certeza veemente
Que não mentes
Que nunca mentiu
Que sentiu e sentes tudo que por ti sinto
Largaria, não minto...
Largaria esse recinto de tantas farsas
E partiria para o construto de alegria
Do encontro de nossos corpos despidos
Queria muito que um dia essa aspiração
Saísse do plano da ficção
E se concretizasse no chão ou no colchão
Do seu coração de lascivas.
De você sei o que esperar
E jamais iria romantizar,
Te entregaria o lúbrico da minha personalidade guardada.