TURVO OLHAR

TURVO OLHAR

O amanhã quando era ontem

Eu lancei uma flecha de planos

sobre a expectativa da evolução.

Acertei a ponta da esperança afiada.

E o depois... Caiu por terra, sobre a

estrada já empoeirada.

Os ponteiros dos sonhos, ainda

tilintavam o alvorecer, quando os

rios se poluíram os peixes

afundaram-se ao abismo dos homens.

Quando o ar contaminou-se...

As aves tombando... Acabou-se

Aflora decepada não mais produziu

ozônio o verde cedeu lugar a terra

ressequida enquanto os jardins já

não mais... Continha flores para florir

os olhos da vida.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 01/02/2020
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