TURVO OLHAR
TURVO OLHAR
O amanhã quando era ontem
Eu lancei uma flecha de planos
sobre a expectativa da evolução.
Acertei a ponta da esperança afiada.
E o depois... Caiu por terra, sobre a
estrada já empoeirada.
Os ponteiros dos sonhos, ainda
tilintavam o alvorecer, quando os
rios se poluíram os peixes
afundaram-se ao abismo dos homens.
Quando o ar contaminou-se...
As aves tombando... Acabou-se
Aflora decepada não mais produziu
ozônio o verde cedeu lugar a terra
ressequida enquanto os jardins já
não mais... Continha flores para florir
os olhos da vida.
Antonio Montes