DEPRESSÃO
Escorre pelos dedos a alegria,
A fadiga parece-me assintomática,
Acordo sentindo essa letargia,
Tornar minha vida monocromática!
Quiser que toda a melancolia,
Se tornassem suspiros de otimismo
E curasse a dolorida agonia,
Do espírito esse meu pessimismo!
Dentro de mim tantos problemas
Com a alma dilacera com um remendo,
Penso continuamente nos dilemas
Na angústia silenciosa vivo remoendo!
Aquilo que enfim me perturba,
A causa constante de minha infelicidade,
Que se distorce senão a turba,
Meu existir é uma completa inutilidade!
Porquanto por mais que diga,
Não quero de outrem esta comoção,
Prostrado pela intensa fadiga,
Preciso me tratar, eu tenho depressão