A MOÇA DA JANELA
Era longe, muito longe
Onde nem mesmo ninguém se esconde
Só tinha uma casa
É uma janela
É lá estava ela
Feito brasa
A moça do fim do nada
Sempre sorrindo, esperando
A derradeira valsa
É nada acontecia
Só o vento passava
E o som que vinha da estrada
Era o silêncio
Que sempre ecoava
Um dia passou um lenço
Cheio de esperança
Com cheiro de flor
Vinha numa brisa de amor
Dando curvas em tranças
Tinha um brilho imenso
E uma palavra escrita
Felicidade
Assim como veio, se foi
Sem vaidade
Sem vida
Depois o sol se pôs
É veio a escuridão
É era tudo que restou
Uma imensa solidão
Ela voltou..........
A MOÇA DA JANELA
FRED COELHO 07/01/20 ter 20:04