Bobo não !
Amanheceu chovendo
Só levantando e vendo
Os pingos da chuva batendo no vidro
Uma cantata de Natal aos ouvidos
Vou aproveitar e ralar o milho
Bolo do café da tarde pro filho
E para quem mais vier
De almoço bobó de camarão
Bobo é quem não sentiu no bolso
O rombo ou roubo da inflação
Aqui proibimos a carne vermelha
Não fará parte nem da ceia de Natal
A pentelha da ministra não me convence
Vence quem sempre diz a verdade
Na minha idade, sinceramente
Ando descrente desse discurso furado
Só não enxerga o cego de muita apaixonado
Que Jesus tenha-lhe misericórdia
Leve-o a enxergar sob a escuridão
Benvinda Palma