Labirinto
Do silêncio ao sonho
o limite é a pedra
arquitetada em pleno
voo do sono.
Não é pedra que se pese
nem no corpo se retrata
a distância é medida
na sua forma abstrata.
Não se prepara um sonho
sem seduzir a paixão
já o silêncio se lavra
no canto da solidão.
É preciso tecer o engenho
no desejo da manhã
saber a arte do fuso
além de barro e de lã.
É preciso fiar a sorte
para medir o destino
de cada um é a sina
de todos: o desatino.