IGNOTO

O que foi, torna a ser. O que é, perde existência.

O palpável é nada. O nada assume essência.

(Fausto) – Goethe

Novas e velhas controvérsias

Vasculham como caçador

O esplendor cataclísmico

E pragmático do vazio...

Hecceidade do louvor

Que rege eidos, sonhos e nada.

Consequente ressentimento

Que sestrosamente vassala,

Consequente ressurgimento

Que ansiosamente tarda.

Aloje em peito sóbrio

A pungência complacente,

Onde sofregamente o animo

De sorrir e enternecer ascende.

Proceda lascivamente a apoptose

Para que o perpetuar lúgubre

De quididades sencientes

Aquinhoem hábitos kosmicos,

Aponia e plena vida.

Mágico devir perdura

Na monótona ventura

De desgastar a inanição;

E se prosseguir, e se arremeter,

E se acatar, e se coexistir!

Karpe Diem!

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 26/10/2019
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