Sina

Tudo doi,

o corpo cansado,

a alma aguerrida,

tudo parece sumir no tempo,

como o caloroso brado,

a sinuosa vida,

tudo corroi.

Sobra-nos o pó,

da estrada de terra,

das flores primaveris,

sobra-nos o sopro de alento,

diante das quimeras,

dos alardes pueris,

sobra-nos a dó.

Tudo nos sobra na medida,

pelo que somos e deixamos de ser,

pelo que ainda nos resguarda o destino.

Tudo nos sobra na partida,

um sinal de adeus, um bem-querer,

entre a dor e a alegria que vestimos.

autoria de Newton Leal Costa Filho
Enviado por Newton Leal Costa Filho em 12/10/2019
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