Em um boteco às 19 horas

Um mar de carros avança no verde sinal

A areia do asfalto se molha

Cães passeiam sua postura corporal

O garçom atento tudo olha

Deixe livre o cruzamento

Fila de táxis no ponto

Talvez tenha chegado o momento

De fechar o caderno do conto

A temperatura ligeiramente caiu

Não houve a notícia esperada

O homem entrou no carro e partiu

A taça na mesa abandonada

Tudo o que já existiu não significa nada

O mais forte alicerce do encanto ruiu

A barata entre as mesas desesperada

A moça da boca amarela sorriu

O charuto apagou

A cerveja esquentou

A espera ficou sem sentido

Depois do olhar perdido

A saudade no choro contido

Com a certeza da juventude despencou

Graco Jakal
Enviado por Graco Jakal em 10/10/2019
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