E A PALAVRA ERA DEUS

Nem sempre o que escrevo é profundo,

as vezes é tão raso que vejo o fundo,

as vezes é subjetivo, descomunal,

as vezes é transcendental...

Viajo nas palavras que encontro,

como num conto majestoso de um poeta.

Nas entrelinhas me escondo bem sutil,

deixando-as nascer em pueril...

Como uma janela que se abre ao horizonte,

como uma gazela que se esconde atrás do monte,

saem em busca de um destino,

quando vejo já se foi em desatino...

Saem pela boca, pelo grito, pelo gesto.

Saem em busca de afeto.

voam ao vento que cantarola,

deixo que levem a tristeza embora...

E a palavra era Deus...

Dalva Pagoto
Enviado por Dalva Pagoto em 08/10/2019
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