Cotidiano
A noite chega depressa
O frio vai adentrando
As paredes que envolvem
O lar tão vibrante
Os sonhos estão escondidos
Em seus pensamentos envolvidos
Com a beleza do mar azul
Em uma noite de verão sem luz
O que se há de esperar
Senão;o o próximo dia chegar
Com tantas complicações
Com todas desilusões
Resta o caminhar devagar
Esperar o sol chamar
Para mais um dia brilhar
Os passatempos são reais
Mas o amor se apaga aos poucos
O que antes era um aconchego
Agora parece um lamento
Ouve-se vozes
Nem ao menos sabe de quem
Apontam de muitas direções
Contudo persiste em suas convicções
Beleza no que se vê
Saudade do que se foi
Um manto que cobre os olhos
Para esconder o que não consegue dizer
O que esperar quando não há o que esperar
O que temer se já não há riscos
Por aventuras esperava buscar
A fim de fugir de todas amarguras
Não tem mais ninguém pra perder
E o perigo está nessa frase
Os olhos esbugalhados
Nem sorri como palhaço
O silêncio é uma companhia agradável
Quando pode ouvir seu coração;o
Sua companhia não é detestável
Mas ainda espera um aperto de mão;o
E assim segue a vida
Vida madura, vida dura, vida pura
E de alguma forma sabe que tem razão;o
Em não esperar uma paixão;o
Rosas estão a florescer
No jardim que há de aparecer
E se um dia realizar seu sonho
Será como cão travesso
O sorriso ficará exaltado
E não se sentirá do avesso.