Cotidiano

A noite chega depressa

O frio vai adentrando

As paredes que envolvem

O lar tão vibrante

Os sonhos estão escondidos

Em seus pensamentos envolvidos

Com a beleza do mar azul

Em uma noite de verão sem luz

O que se há de esperar

Senão;o o próximo dia chegar

Com tantas complicações

Com todas desilusões

Resta o caminhar devagar

Esperar o sol chamar

Para mais um dia brilhar

Os passatempos são reais

Mas o amor se apaga aos poucos

O que antes era um aconchego

Agora parece um lamento

Ouve-se vozes

Nem ao menos sabe de quem

Apontam de muitas direções

Contudo persiste em suas convicções

Beleza no que se vê

Saudade do que se foi

Um manto que cobre os olhos

Para esconder o que não consegue dizer

O que esperar quando não há o que esperar

O que temer se já não há riscos

Por aventuras esperava buscar

A fim de fugir de todas amarguras

Não tem mais ninguém pra perder

E o perigo está nessa frase

Os olhos esbugalhados

Nem sorri como palhaço

O silêncio é uma companhia agradável

Quando pode ouvir seu coração;o

Sua companhia não é detestável

Mas ainda espera um aperto de mão;o

E assim segue a vida

Vida madura, vida dura, vida pura

E de alguma forma sabe que tem razão;o

Em não esperar uma paixão;o

Rosas estão a florescer

No jardim que há de aparecer

E se um dia realizar seu sonho

Será como cão travesso

O sorriso ficará exaltado

E não se sentirá do avesso.

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 06/08/2019
Reeditado em 11/08/2019
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