METRÓPOLE

É manhã – o sol já vai alto.

Pelas ruas caminham apressadas

Pessoas em profusão.

Não parecem individualizadas,

São como partes de um todo,

Um espetáculo que se repete

A cada dia.

Na vida agitada da cidade grande,

Tudo se passa como se não houvesse

O indivíduo.

Como se fora um grupo organizado,

Desloca-se uma multidão,

Entre gigantes de concreto armado,

Todas as manhãs.

Na faina do dia a dia,

Mal se apercebem de que, à sua volta,

Segue a vida.

Não podem parar, olhar, conhecer,

Precisam todos seguir, quase a correr,

O curso normal, acelerado,

Da sua lida.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 03/08/2019
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