METRÓPOLE
É manhã – o sol já vai alto.
Pelas ruas caminham apressadas
Pessoas em profusão.
Não parecem individualizadas,
São como partes de um todo,
Um espetáculo que se repete
A cada dia.
Na vida agitada da cidade grande,
Tudo se passa como se não houvesse
O indivíduo.
Como se fora um grupo organizado,
Desloca-se uma multidão,
Entre gigantes de concreto armado,
Todas as manhãs.
Na faina do dia a dia,
Mal se apercebem de que, à sua volta,
Segue a vida.
Não podem parar, olhar, conhecer,
Precisam todos seguir, quase a correr,
O curso normal, acelerado,
Da sua lida.