FAKE
FAKE
Endereços amontoados, inúmeros destinatários.
O resumo da história ganhando forma na mente
E confabulando como se sente - como há de ser?
Não está mais no domínio de quem tudo originou,
Mas agora mal se pode contar os tantos olhares.
E o esconderijo é confortável e longe de inibições;
O que dá pra ser, quem quer ser são possibilidades.
No reflexo dos pixels há surrealidade, fases, faces.
Quarto escuro igual a alma ávida pelo flash perfeito.
Ganancia e ânsia gerando fervores dentro do peito.
Quem é de verdade por detrás de todas as tintas?
Esse alimento é um prato que uma hora trará fastio.
Nos dias em que a aposta for frustrada pela rede ou,
quando se tornar escravo de uma imagem sem o ser.
Aproveitar o engano de um amor *webiano e temporal.
Victor Cunha