Bairro Bom Fim - Anos 80 - Porto Alegre

Descrevo que era realmente Naquele Tempo o Bairro Bom Fim

Em cada arbusto um enorme puteiro

Onde se esgueiram mano e maninha

Nos rostos, ruge, lágrimas e covinha

E trocam o corpo pelo vil dinheiro

Em cada banco um gigolô faceiro

Que vigiam o putinho e a putinha

Sodomiza, chupa, deita, é bonequinha

No Auditório e no imundo banheiro

Muitos "punks" despudorados

Chutados por homens fardados

Sangram a perda de um rim

Ocidente e Scaler de boêmios lotados

O Fedor e Baltimore continuam fechados

Dói no peito o velho Bonfim

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 15/07/2019
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