CAMPOS DE TRIGAIS
Da janela do meu quarto vejo flores
são exórias aveludadas de múltiplas cores
roxeadas e alaranjadas como um fim de tarde
balançando ao vento sem temores
livres como pássaros no céu
que pousam nos campos de trigais
comem e saciam sua fome
sem ceifar como faz o homem
da janela dos meus olhos vejo o mundo
como coração que pulsa e bombeia
jorrando jorrando la no fundo
o sangue que corre por minhas veias
da janela da minha alma vejo sonhos
que sonhei a vida inteira realizar
galguei por caminhos primorosos
suspirei pra minha vida encontrar...
Dalva Pagoto