A CASA
A CASA
Onde é minha casa?
Já estou na metade da caminhada
E ainda não consigo
Ver o quanto percorri.
Sinto esse processo
resisto.
Construo uma visão de homem,
ser humano, de gente.
Uso a razão para não
atropelar minhas visões animistas,
Em outros momentos
Fui positivista,
Mas persisto
Vivo novos paradigmas.
Onde é minha casa?
Vejo-me fora dessa caixa
Transcendental.
Compreendo que construir o novo
É preciso transformar
Circunstâncias.
Percebo, refaço
Nova concepção.
Todos passamos ao tempo
cá estou eu aqui,
Ainda fora.
Mudo minha maneira de pensar
Permuto minha maneira de sentir
Altero minha maneira de agir.
A educação que recebi
Não pode agir por si mesma
Ela age articuladamente
Com meus atos.
Reajo.
Mas, não é assim simples
Onde é minha casa?
Pois, ainda carrego infinidades
De símbolos e arquétipos.
Convivo com preconceitos
conceitos falidos, percebo.
O que me deram foi uma forma
De seguir adiante.
Não me apresentaram
Um conhecimento pronto, acabado.
Mas, o conhecimento é um produto.
Preciso aprender a reproduzir
Esse conhecimento,
Ter habilidade para saber fazer
ter atitude para querer fazer.
Será que fracassei nesse percurso?
Ou foram meus métodos
Que fracassaram na caminhada?
Onde é minha casa?
O que preciso fazer
Para rever minhas estratégias?
O que falta conquistar
Quais ações ter?
Que novos caminhos trilhar?
Existirá outro tempo
Nessa minha empreitada?
Ou apenas me esperará
Em outro cômodo?
11/05/2019 - Poema para mim que mora em maio II