"Versos proibidos"

Versos proibidos

Sinto em meu peito sentimentos que em muito mexe com meus sentidos

Envolvem minha carne, meu sexo, minha libido

Sinto, ao mesmo passo, que estou coibido

De dizer claramente os meus sentires

Os meus devaneios, meus prazeres

Tenho medo de resvalar na censura

De uma pessoa - leitora - que se sinta pura

E que veja maldade em meus versos...

Quero falar de corpos ardentes que se encontram

Que dialogam pelo suor

Nada poderia ser melhor

Lençóis manchados e molhados

Gozos fartos inundados

Sonhos de prazer feitos realidade

Êxtase da minha sexualidade

E poder cansado

Adormecer com palavras sussurradas em meu ouvido

E eu ouço calado

Apenas com um sorriso maroto no rosto

Este é o gosto

Mas as palavras que narram estes acontecimentos

Mesmo que por um momento

São castradas por uma série de tabus e mitos...

E tudo que eu queria era gozar com um grito

Que silencia o gemido

Que o mundo inteiro poderia ouvir

Praticar e sentir

...

Lençóis molhados falam mais que mil palavras

Na verdade, nem dos versos eu preciso...

A poesia já está intrínseca ao fato

Ao sexo descompassado - o ato!

Poesia corporal!

Rodrigo Augusto Fiedler

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 10/05/2019
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