Entre o sorriso e uma lágrima
Parece que o destino não é meu
e o amor me sufoca tanto,
que melhor que amar
parece-me seja sentir, da alma, o pranto.
Defendo-me de tudo.
Sei que sofro, sei que amo
e, eis que tudo passa enquanto me encanto,
mas a canção foge para outro canto
Distante do meu velho pranto.
Percebo o coração sorrindo
Destoando da face triste
É quando sei que o amor ainda existe
E não tolera ouvir meu pranto.
Chovo-me dessas águas tristes.
São lágrimas desavisadas,
vão para o fim da terra, outras estradas.
ando, caminho, encontro.
Nem só de carne vive o homem,
mas do pão de cada dia,
de sonhos e de alegrias.
Viro-me então um novo homem.
Poema inédito (08/05/2019)
Paulino Vergetti