Depois do encantamento
Sob a flor de enganos
que plantamos no olhar
com o frio da tez juvenil
luziram botões vivos de
pó de asas vulcânicas
suspensas em ciclos
vazios de borboletas,
cantos do nada sobre
a erupção nupcial
de vontades amareladas,
vagas fogueiras no ofício
do horizonte insensível
a ferver na arte da luxúria,
lençóis frenéticos
com perfumes insolentes
no prazer dos gemidos,
beijos no varal das delícias
sobre rios de agitados desejos
na teia dos áridos provérbios.