Depois do encantamento

Sob a flor de enganos

que plantamos no olhar

com o frio da tez juvenil

luziram botões vivos de

pó de asas vulcânicas

suspensas em ciclos

vazios de borboletas,

cantos do nada sobre

a erupção nupcial

de vontades amareladas,

vagas fogueiras no ofício

do horizonte insensível

a ferver na arte da luxúria,

lençóis frenéticos

com perfumes insolentes

no prazer dos gemidos,

beijos no varal das delícias

sobre rios de agitados desejos

na teia dos áridos provérbios.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 10/04/2019
Reeditado em 17/09/2019
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