Espanto
A métrica foi imposta
Na inspiração composta
O recato
O silêncio das bocas caladas
Somos a utopia de nós mesmos
E se tu soubesses como eu tento
saber
Ninguém buscaria o equilíbrio de si
A homeostase da alma
Impostos
Discurso
Trabalho
Nos cansamos dos dias
Nos espantamos com a libertação
Mente é cativa de alienação
Mas se tu parasse e pensasse
Se observasse mais
Nada seria tão cego
E tão preso como somos
Se ouvíssemos as estátuas das
praças que no silêncio gritam história
Se lêssemos os mofos dos prédios
históricos,
Responderíamos muita coisa
Se tocássemos nas plantas, entenderíamos sobre resistência
Tudo é atenção
Atenção da vida com espanto
Espanto das coisas ocultas
Aquelas que nunca são vistas