Amanheceu na favela
Amanheceu na favela.
A água da chuva escorre nas vielas.
Os cachorros recolhidos sob as marquises.
Ouvem de longe os galos cantando.
Levantam as cabeças ainda sonolentos.
Ajeitam as orelhas e voltam a dormir.
Trabalhadores levantam e com passos de lamento.
Andam nas ruas sem vontade de ir.
O vento frio toma conta do ambiente.
O limo na rua exige atenção nas pisadas.
Os pássaros começam a ser mais presentes.
Como choveu nesta alongada madrugada.
Mas já veio o dia.
A escuridão e frio da noite chuvosa ficou para trás.
A rua vai aos poucos ganhando vida.
Para mais um dia onde a favela luta pela paz...