ESQUINAS INSANAS

Minhas esquinas foram feitas de arestas

De restos bêbados de algumas festas

Esquinas incertas sem uma lucidez

Em sombras, vendas da timidez

Esquinas orgânicas de oferendas e prendas

Com fendas abertas de tristezas passadas

A solidão engatilhada em encruzilhadas

Sem nada, sem luz, bruxas nem fadas

Esquinas concretadas em dura realidade

De maldades, dissabores de velhos amores

Impregnadas de raiva sem cor, mas com dores

Esquinas insanas, urbanas, sem uma afinidade

No muro apenas palavras sutis

No chão setas mostram a direção

A pichação no muro diz o que eu fiz

Olhando pra este chão, só indignação

Esquinas insanas

Esquinas iguaizinhas

Esquinas levianas

Esquinas mesquinhas

All Xavier
Enviado por All Xavier em 21/02/2019
Reeditado em 24/08/2022
Código do texto: T6580622
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