Poesia das Coisas

Sinto e escrevo a poesia das coisas.

A toalha ganhei do meu afilhado

O terço feito de barro quem me deu foi a Esperança.

Meus calçados revirados me chamam a caminhar.

O fone de ouvido clama por Vander Lee.

O caderno de cifras me recorda tantos cantos que já vi(vi).

A vela de rosinhas fala que sou noviça.

A pulseira de miçangas verdes e pretas

me transportam a mansidão dos Guajajaras.

A fotografia da menina de nove anos é samba de roda

nas minhas lembranças felizes.

O violão faz memória de Grilo, agora musicista dos céus.

O terço de Aparecida me recorda as duras lutas do povo paraense.

A boneca com vestido de bolinha me coloca a caminho do Alto Vermelho,

lá Aline resiste sempre!

O recipiente com água é remédio para a matéria.

Meu quarto respinga!

C(antigas).

memórias.

histórias.

vitórias.

poemas.

Edione Mercês
Enviado por Edione Mercês em 11/02/2019
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