A um Coração

De mim á mim não me vejo,

Deixando-me o passado,

Onde há passeio cerrado,

Talvez um dia me sejo.

Viste eu os alfinetes,

Fervendo-os, ante frios,

Como tu, meio a fios,

Rochado como piquetes.

Voto por mérito sagaz,

Na mansa verdade fria,

As correntes se partia,

E não alcançava o audaz.

Vós cá, vos alma cortês,

Pois haja um interesse,

Ao seu alto ego, de vesse,

E assi, a si aprende mercês.

Cuntatório o meu tempo

Das tralhas realísticas,

As quais há melancolias,

Que os levassem o vento,

Ao vale dos mortos eternos,

Tragados por favor e ternos

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 31/01/2019
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