REMINISCÊNCIAS
Destravo inerte baú a mergulhar profuso no tempo
Remexo o passado frio a observar um momento.
Tantos atos e fatos se foram arrastadas pelo vento,
Reminiscências, histórias, além disso o pensamento.
Meu andar serpeia em águas revoltas numa vela
Não sei aonde vou, mas, continuo a navegar nela.
Lembrei-me de quanto a vida tão adornada era
Não a vejo mais assim, faceira, fulgente e tão bela.
Agora caço aquilo que mais cato e me norteia
E ainda faz escuro, mesmo sob a lua cheia.
Ando a passos largos em busca do ansiado chão
Esquivando-me aqui e ali neste insano mundo cão.
Quem dera contemplar cedinho passarinho beija-flor
A oscular no caminho pétalas de muito aroma e olor.
Não se furte meu olhar a esse chupa-flor se ele se for,
Num nostálgico anoitecer no sertão ao sol se pôr.