O ofício do discurso
O delírio é o sopro da efervescência
na circuncisão angustiada da frieza
ao declamar a vitória da linguagem
como uma bateia no sonho de ouro.
Não vim para embelezar a retórica
sou de escuridões e ambiguidades
a negação dos bravos e dos heróis.
Atravessei mares de veias profundas
à procura de subversões inebriantes
para esculpir o acaso antes da cinza
que embarcava na escala dissonante.