Na manhã singular
Sou barco de águas enviesadas
amo metades, não excito bocas
onde lá dormi nem me liberto
pela névoa dos dias exaltados.
Trouxe-me a fé o caos da paixão
iluminado no fel do entusiasmo
ou na veia mística da evidência
onde o lume é o brilho do amor.
De resto, a tinta rubra da cor
sobre a alva taça onde recolhi
o que não se liquida no verbo
nem se adoça na paz da aflição.