Palavras de areia e vento
Te procurei nas dunas
Tu e o que escreveste na areia
Nada achei na praia vazia
Não vi teus versos
As tuas palavras, perdi...
Nem teus olhos de vento pude ver.
O mar era ressaca engolindo a praia
Levou tudo e as pedras do molhe
Não vi o teu riso nem senti o abraço
Foi quando o rio era invadido pelo mar
Nada vi...
Ainda é noite sobre o canal
Nenhum barco partiu do terminal
Ainda guardam cordas e segredos
Poucas redes foram lançadas às águas
Emaranhadas em lutas e perdas.
Entendi, à distância, o teu pensamento
Não existe certeza na proximidade das ondas
Na incontinência do mar
Em nada há certeza na inconstância.
Então, sob o sol de dezembro
Desejei teus olhos
Dei adeus ao dia
Também sumi no mar
B a t