A elegância da pluralidade
Em estado de graça deixo-me levar
pelo arrebatamento dos nervos
entregue a loucura das sensações.
Tudo está repleto de frases depuradas
sou apenas o oratório dos sentimentos
nas frases ensanguentadas pelo suspiro
último que invoca a glorificação.
O azul que vem dos prazeres
são espasmos iconoclastas
da labareda impetuosa
na fina porcelana do olhar.
A arte é um pedaço do coração
que se parte. O ofício da beleza
vai para o dono do sopro; o outro,
para os dedos delicados de agave.