A elegância da pluralidade

Em estado de graça deixo-me levar

pelo arrebatamento dos nervos

entregue a loucura das sensações.

Tudo está repleto de frases depuradas

sou apenas o oratório dos sentimentos

nas frases ensanguentadas pelo suspiro

último que invoca a glorificação.

O azul que vem dos prazeres

são espasmos iconoclastas

da labareda impetuosa

na fina porcelana do olhar.

A arte é um pedaço do coração

que se parte. O ofício da beleza

vai para o dono do sopro; o outro,

para os dedos delicados de agave.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 26/11/2018
Reeditado em 05/01/2019
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