Manifestação Onírica (II)

Na sentença do instante

precisava ser azul

por outro, quase nada

no limite do desespero.

Era borboleta de asas frias

a completar a metamorfose

na longa espera infinitesimal.

Após o encantamento

as pétalas se abriram

sobre o voo tocado

no extremo do infinito.

Na brevidade do olhar

era libélula indefinida

na concepção de flor:

límpido pestanejar

de sobrancelha em sono.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 19/11/2018
Reeditado em 10/01/2019
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