Manifestação Onírica (II)
Na sentença do instante
precisava ser azul
por outro, quase nada
no limite do desespero.
Era borboleta de asas frias
a completar a metamorfose
na longa espera infinitesimal.
Após o encantamento
as pétalas se abriram
sobre o voo tocado
no extremo do infinito.
Na brevidade do olhar
era libélula indefinida
na concepção de flor:
límpido pestanejar
de sobrancelha em sono.