SUJEITO DETERMINADO

Não consigo ouvir o som do meu próprio grito

Te falo tudo que sinto sem palavras, só com o olhar de te querer a todo momento

As estrelas se movem no meu peito em ruínas

Ando distraído entre as nuvens, conservo teu abraço em mim

Meu corpo aquece quando te sinto, quando vejo traços de felicidades

no teu rosto

Fecho os olhos e desenho o teu corpo nos meus pensamentos

Cada curva, cada dobra, insistem em permanecer na minha mente

lavas de vulcões eclodem de teu corpo, nessa sua sensualidade abissal

Velejo destinos para encontrar o meu caminho

Quebrar toda a dureza existente no meu coração

Farrapos de mim mesmo, a esmo, sem conjecturas dialéticas

Paciência profunda, rios transbordam apesar de rasos

Cheiro de pólvora, suspense no ar, madrugada anda calada

Penetrou a noite escura, os enganos do fogo a apagar

E eu tão cheio de desenganos, traçando planos, alimentando ilusões

E aquele vazio que você deixou tingiu minha vida de solidão

Mas, não se preocupe a solidão serve para mim como um revigorante

e me ajuda a colocar as ideias no lugar

Mas, o seu espaço está guardado do lado esquerdo do meu colchão

Ocupado por almofadas que me fazem companhia no breu do meu quarto

Te esperarei sempre e esse sempre só acabará no dia em que eu morrer!

ALDEMIR LAURENTINO
Enviado por ALDEMIR LAURENTINO em 03/11/2018
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