SUJEITO DETERMINADO
Não consigo ouvir o som do meu próprio grito
Te falo tudo que sinto sem palavras, só com o olhar de te querer a todo momento
As estrelas se movem no meu peito em ruínas
Ando distraído entre as nuvens, conservo teu abraço em mim
Meu corpo aquece quando te sinto, quando vejo traços de felicidades
no teu rosto
Fecho os olhos e desenho o teu corpo nos meus pensamentos
Cada curva, cada dobra, insistem em permanecer na minha mente
lavas de vulcões eclodem de teu corpo, nessa sua sensualidade abissal
Velejo destinos para encontrar o meu caminho
Quebrar toda a dureza existente no meu coração
Farrapos de mim mesmo, a esmo, sem conjecturas dialéticas
Paciência profunda, rios transbordam apesar de rasos
Cheiro de pólvora, suspense no ar, madrugada anda calada
Penetrou a noite escura, os enganos do fogo a apagar
E eu tão cheio de desenganos, traçando planos, alimentando ilusões
E aquele vazio que você deixou tingiu minha vida de solidão
Mas, não se preocupe a solidão serve para mim como um revigorante
e me ajuda a colocar as ideias no lugar
Mas, o seu espaço está guardado do lado esquerdo do meu colchão
Ocupado por almofadas que me fazem companhia no breu do meu quarto
Te esperarei sempre e esse sempre só acabará no dia em que eu morrer!