A menina mimada

A menina mimada ,

Demasiadamente , assola gente decente.

Moça de "bem", porém, inconscientemente,

Indecente.

Fala pouco, apenas sente

Jamais pensa ,

Mas sempre sente .

Concomitantemente, polue a própria mente

Acusa olhares

E deixa a mamãe contente,

Que aponta seu dedo em riste,

Vomitando a injúria poluente.

E então a menina mimada,

Em seu choro púbere,

Confirma sua imaturidade fúnebre.

Não obstante a ridícula sanha,

Mamãe retorna veladamente à infância.

Enquanto observa sua cria,

Em sua ingênua ignorância

Enfim, a menina mimada a abraça

E juntas riem sem graça

De sua impura petulância

Alexandre Melo
Enviado por Alexandre Melo em 20/10/2018
Código do texto: T6481790
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