50
Ai, o sono de noite mal dormida!
Abate a cabeça,
Que tomba rendida,
Por mais força que se faça.
Pesco.
Busco a força para acordar,
Quase consigo dele ganhar,
Mas não tem jeito, perco!
Desisto da vara
E jogo a rede.
Nos braços apóio a cara,
Os olhos fecho e o corpo se rende.
No tampo da escrivaninha,
Acho que cama melhor eu não tinha.
Sacio o cansaço e o sono
E o pescoço lesiono.