Meu Dia

No amanhecer do dia quase não me levanto

Desprezo-me por dentro, pois em cada passo que caminho a tristeza desce e toma conta do meu corpo, enfraquece-me e às vezes nem me dou conta que sou alguém.

Ao entardecer o sol se esbanja em brilho sobre mim. Sou uma pessoa alegre, solidária procuro sempre ajudar aos outros com toda cautela que for preciso, mas quando uma voz lá no horizonte despreza-me, debruço-me em lágrimas, e não consigo entender porque isso acontece.

Ao anoitecer olho ao meu redor e finjo que nada sou, que nada faço, que nada posso, que nada tenho, que nada ganho, que de nada preciso “e que sofro sorrindo, para fazer sorrir, aqueles que me fazem sofrer”.

E no final do dia dou-me conta que em algum dia com paciência serei alguém, pois no passado nasci, no presente sofri, para que no futuro eu possa ser feliz.

Uiraponga, 2002

Gioncarlo e Silva
Enviado por Gioncarlo e Silva em 03/09/2018
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