O Apogeu dos porcos
Eles então por aí.
Espalhados pela cidade.
Nos escritórios,
No trânsito,
Nos bares.
Todos desvivendo a vida.
Fingindo Ser feliz,
Entre o gole e outro de cerveja.
Anestesiando os problemas da vida.
Eu passo por entre as varas,
reunidas nas calçadas.
Aprecio a noite, a lua, o vento.
Os porcos riem, bebem, reclamam,
odeiam tudo em sua volta.
Eu só lamento.
Lamento a cegueira,
Lamento a triste vida deles,
mas sigo em frente.
Ouço os grunhidos que fazem,
Por qualquer torpe motivo.
Por um jogo na tevê,
Por me ver passar reluzente.
Por mais bebida,
Pra ver quem vai pagar a conta.
Por dinheiro, principalmente ele.
Por esse então, eles se devoram,
Viram canibais sociais.
Matam, destroem.
Se chafurdam na lama.
Estão em casa.