MEU LUGAR
Laranjas tão doces, cajás tão azedas.
Flores que margeiam a velha estrada
Folhas que cai nas veredas
Lírios que brotam na madrugada
Ventos que piram todas as rosas
Sol que ilumina o doce, o bruto
Rio de tantas ondas misteriosas
Noite de paz e um silêncio oculto
Manhã queimada pela chama solar
Pássaros rumo ao horizonte aberto
Gotas de orvalho caindo ao ar
Verdes e cores que devoram o deserto
Colírio que enriquece um olhar
Nova nuvem que no céu aparece
Estrelas que reluzem num brilhar
E coisas que só o poeta conhece