VIDA EFÊMERA
Vê como efêmera é a vida.
Tão logo chegamos, anuncia-se a partida.
Evoluímos, corpo e alma, e depois
Curva descendente, grande decaída.
Cerca-te de bons perfumes e amores,
Plante em teu jardim milhões de flores,
Deleite-se com os pássaros e seus gorjeios.
É curta a estrada, mas belo é o passeio.
Quando então extinguir-se o teu brilho,
Com os olhos turvos e fragilizada mente,
Lembra-te que teu passado um dia foi presente e
Que viveste tudo, bem e intensamente.
Colha as flores que no jardim plantaste,
Despeça-se dos pássaros e amores seus,
Esqueça-se das mágoas e das dores,
Vá, com alegria, se encontrar com Deus.