de todo poeta
De todo o silêncio nasce
Uma possibilidade
De todo afago cresce
Uma nova morada
Caminho em direções opostas
Desalinham se com meu ser
Sabotam me a carne
Todo poeta chora
Todo poeta reza
Todo poeta ama
De todo medo nasce
Uma solidão infindável
De todo desprezo cresce
Uma insegurança lástima
Caminho pelas encruzilhadas
Desato o nó, canto em ré menor
Rezo para os demônios
Saboto me a alma
Todo poeta mente
Todo poeta sente
Todo poeta morre