Há dias...
Que o tempo ruge, e a fome surge...
Temperando o poema; sombra, ruge,
Prata, cinza, ou até mesmo, um nude;
Ainda que maquiagem raramente use.
E vai apimentando, temperando a vida,
Tolerância, paciência, criatividade lida;
No tempo que vai passando ao relento,
Relendo antigas páginas sem tormento.
E o sereno molha o rosto, umedece o ar,
Folhas secas, as trilhas, querem moldar;
Colorem de dourado o poema em tardes,
Em que as brancas nuvens, sem alarde...
Escondem o céu, e o azul é só uma janela,
Que não vejo mais, e lá, há uma aquarela;
De flores, cores, poesias, e uma sala vazia,
Até que volte, aqueça meu olhar e meu dia.